terça-feira, 6 de setembro de 2011

DIVÃ 1

Há coisas que são ditas para mim no consultório para as quais, naquele momento, naquela circunstância, daquele jeito, eu simplesmente não consigo responder: Peraí! Não é bem assim! Ou por não ter oportunidade ou porque o tempo já acabou e não há como encompridar o assunto ou porque a pessoa está tão convencida de ser aquele o melhor jeito de abordar a questão ou porque a angústia daquele momento é tão grande que não deixa espaço para nenhuma abertura, seja como for, o fato é que, pra falar a verdade, eu acabo deixando o passarinho escapar.

E depois fico com uma raiva danada de mim mesmo!

Por isso, resolvi escrever para as pessoas que me são mais queridas: vocês. (Já aprendi a mandar e-mail CCO – com cópia oculta – de modo que, podem ficar tranqüilos que nenhum nome e e-mail aparecerão na lista, jamais.) E não será apenas para quem freqüenta a minha sala que eu vou escrever essas “cartas” ainda sem título. Aliás, gostei: “Cartas”. (Só isso, ta bom.) Outras pessoas, que não apenas freqüentadores daquela sala, me pediram que escrevesse, senão por outro motivo, que fosse pela satisfação de fazer contato. Porque entre os humanos essa é a maior satisfação. Só reservo o top da lista para uma outra satisfação, essa sim, imbatível, que é o prazer de exclamar o “Ah!” que indica que o sentido maior das coisas foi encontrar. Abaixo desse, falar com você é a melhor coisa que posso fazer na vida.

Deixo-lhe a liberdade de me pedir para não lhe enviar nada. Claro! É só me contatar pelo mesmo canal que o fiz. Simples!

Para os que quiserem manter esse canal aberto, pela encantadora via da palavra escrita, eu só tenho a dizer: Obrigado! Essa alegria não tem preço!

Algumas pessoas têm feito valer a pena muita coisa na vida: muitas horas de estudo, muito tempo de pesquisa, muito estofado de poltrona fundo... Entre elas, você faz um punhado de coisas valerem a pena. E essa é só mais uma. Obrigado.

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